O tema aborto é realmente um assunto polêmico e instigante, mas de difícil abordagem, porque envolve discursos (falas) marcados por disputas políticas. Além disso, mobiliza sentimentos contraditórios, no qual estão envolvidos princípios éticos e morais, que ora podem nos remeter a um extremo, ora a outro.
Quando tratamos de temáticas polêmicas, é preciso uma reflexão que permita separar duas coisas, ou seja:
(1) uma coisa é ser contra ou a favor do aborto, situação em que estão envolvidos os valores e princípios de cada pessoa que devem ser respeitados mas jamais julgados, afinal a consciência é de cada um.
(2) Outra coisa é entender que, descriminalizar o aborto significa que esse deixa de ser caso de polícia - em que a mulher (e não o casal!!) é julgada e culpabilizada - para ser caso de saúde pública, em que, mulheres que abortam devam ter assistência digna, como qualquer outro ser humano.
(2) Outra coisa é entender que, descriminalizar o aborto significa que esse deixa de ser caso de polícia - em que a mulher (e não o casal!!) é julgada e culpabilizada - para ser caso de saúde pública, em que, mulheres que abortam devam ter assistência digna, como qualquer outro ser humano.
Isso significa afirmar que, podemos ser contra o aborto, mas não devemos julgar quem faz aborto e, muito menos, impedir que essa pessoa tenha tratamento digno, independente de suas escolhas e de minha opinião pessoal. Agir deste modo é colocar de lado nossos preconceitos e ficar abertos ao diálogo. O diálogo é o caminho que possibilita assegurar e promover os direitos fundamentais das mulheres a uma vida sem violência, às decisões reprodutivas sem coerção, ao exercício da saúde integral garantidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Convidamos vocês a assistirem um vídeo muito interessante sobre a temática aborto e refletirem sobre isso:ABORTO: O que se passa com as mulheres onde o aborto é ilegal - http://www.youtube.com/watch?v=8fObiDQfdA0&feature=related